terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Comentário sobre Noções de Clima (cap. 3) e Procedimentos do arquiteto

Projetar ambientes confortáveis ultrapassa a questão de ter-se amplitude local, agrega-se neste momento questões como: ventilação, luminosidade, temperatura agradável. Para que estes quesitos sejam levados em questão, é necessário estudar o local onde será feita a edificação, pois, a posição e o relevo do terreno, e o clima local influenciarão fortemente tanto na posição ideal para a obra quanto na quantidade de aberturas de janelas ou basculantes, uso de paisagismo, largura das ruas (isto quando há um planejamento urbano) e posições das mesmas.
Os fatores climáticos como: circulação atmosférica; relevo; latitude/altitude; mar/terra - "o calor específíco da água é o dobro do da terra" (p.57), brisas terra-mar, revestimento do solo, umidade atmosférica, clima urbano/Ilhas de calor - modificações climáticas oriundas das agregações de materiais utilizados nas áreas urbanas e os ventos são diferentes em cada região, podendo variar tanto dentro da mesma cidade quanto entre cidades/estados/ países diferentes inseridos no planeta Terra.
O Brasil é um país tropical e que possui climas diversos, cabe ressaltar aqui dois tipos de climas distintos encontrados no território brasileiro, sendo: o clima quente e seco e o quente úmido.
O profissioonal de Arquitetura tem que atentar para esta forte influência climática na criação de suas obras, pois, é imprescindível a adequação local e a minimização dos desconfortos causados pelos climas.
Segundo Frota e Schiffer (2001), "quanto mais seco for o clima, mais acentuadas serrão as temperaturas extremas (máximas e as mínimas), além disso, quanto mais úmido estiver o ar, mior será a quantidade de água em suspensão. Essas partículas, além de se aquecerem pela radiação solar que recebem, também funcionam, de dia, como uma barreira da radiação solar que atinge o solo, à noite, o calor é dissipado pelo solo. Um solo em clima mais seco recebe mais radiação solar direta que em clima mais úmido"(p.67).
Diante disso pode-se dizer que o arquiteto ao trabalhar com o clima quente e seco, ele deve atentar para a necessidade de possibilitar no período diurno temperaturas inetrnas mais baixas do que as externas e à noite o contrário. uso de materiais adequados, optar por pequenas aberturas para proteger o ambiente de excessiva radição solar.
Já as ruas, quando seu posicionamento for no sentido este-oeste, deverão apresentar uma maior largura, com isso a inclinação solar não atingirá com muita incidência as suas fachadas.
Quando as ruas estiverem no sentido norte-sul, elas deverão ser mais estreitas, neste formato, metade do dia a radiação solar atingirá um lado da rua e a outra metade o outro lado, e neste sistema as edificações poderão proteger-se mutuamente fazendo sombra uma a outra, proporcionando também conforto térmico aos pedestres. Ainda neste posicionamento de ruas, seu traçado não deverá ser extenso para que não haja uma canalização do vento, para evitar esse problema é bom criar praças e desvios para que o vento passe pelas vias perpendiculares.
Neste clima quente e seco a vegetação atua como uma barreira aos ventos e retêm parte da poeira encontradas no ar. Ainda com o intuito de amenizar o desconforto térmico, o uso de chafarizes, espelhos-d'água ou uso de sistemas similares para umidificar o ar.
No clima quente e úmido, é de bom grado, criar situações em que a ventilação noturna seja agradável, justamente quando a temperatura externa está mais baixa que a interna (há aqui a influência da umidade do ar e de sua influência no ambiente), para auxiliar nesta questão é de bom grado fazer uso de grandes aberturas, contruções alongadas no sentido perperdicular ao vento dominante e usar a ventilação cruzada como auxílio.
Na elaboração de ruas, as mesmas deverão estar propostas no sentido perpendicular à direção do vento dominante e com maiores dimensões para que as contruções do lado oposto não atuem como obstáculos para a ventilação.
Outro fator importante para os climas quentes é o uso de cores claras, com isto, haverá uma redução no calor dentro do ambiente pois elas refletirão mais a radiação solar.
Diante do supracitado, é importante fazer um estudo local dentro desse contexto natural, para que o arquiteto possa fazer um bom projeto, tanto na criação quanto no conforto aos usuários.

As imagens abaixo foram retiradas de um trabalho denominado PROJETO DE UMA EDIFICAÇÃO EFICIENTE EM CLIMA QUENTE E ÚMIDO, pertencente ao GEDAE – Grupo de Energias Alternativas e Eficiência Energética. Universidade Federal do Pará e os autores são: Heliana Maria Ceballos Aguilar, João Tavares Pinho, Marcos André Barros Galhardo. Achei muito interessante, pois ele agloba tudo que envolve no estudo sobre este clima, a localização, posição da edificação, uso de materiais isolantes térmicos, sombra, enfim, todo o contexto necessário para uma contrução que proporcione conforto térmico aos usuários deste. Segue abaixo imagens destes estudo:

Imagem disponível em: http://www.ufpa.br/gedae/CBEE2007.pdf , acesso em 21 de fevereiro de 2012 às 13:18H.


Imagem disponível em: http://www.ufpa.br/gedae/CBEE2007.pdf , acesso em 21 de fevereiro de 2012 às 13:20H.


Imagem disponível em: http://www.ufpa.br/gedae/CBEE2007.pdf , acesso em 21 de fevereiro de 2012 às 13:22H.

Imagem disponível em: http://www.ufpa.br/gedae/CBEE2007.pdf , acesso em 21 de fevereiro de 2012 às 13:25H.
Imagem disponível em: http://www.ufpa.br/gedae/CBEE2007.pdf , acesso em 21 de fevereiro de 2012 às 13:27H.

Imagem disponível em: http://www.ufpa.br/gedae/CBEE2007.pdf , acesso em 21 de fevereiro de 2012 às 13:28H.

Um comentário:

  1. Oi Karine, não resistir a sua pesquisa e vim deixar meu comentário.
    Nesta sua pesquisa nota-se que para chegarmos a um conforto ambiental é necessário um estudo acurado do projeto e sua execução.
    Seríamos muitos felizes se todos os projetos passassem por esse processo.
    Gostei...

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